Pantera Negra - comentário

     Na segunda-feira finalmente fui ao cinema assistir ao filme Pantera Negra. Eu estava aguardando ansiosamente por isso desde a primeira vez que vi a personagem de Chadwick Boseman pela primeira vez, em Capitão América: Guerra Civil. Não me decepcionei: o filme foi tão bom quanto eu esperava - até mais do que eu havia imaginado. Esse filme certamente ficará marcado na história cinematográfica. Sei que muita gente não liga para filmes de super-heróis, justamente pelo fato de serem voltados somente para a bilheteria e nada mais, porém é impossível negar o impacto que eles proporcionam às crianças e aos jovens. Eu posso imaginar o quão gratificante deve ser para uma criança negra se deparar com um super-herói negro na telona (ou na telinha, se assistir na TV ou no computador). Ver um herói da Marvel, um rei, uma pessoa honesta, de pele escura, o que é tão incomum na mídia, é o primeiro passo para um empoderamento. É o mais próximo que muitas crianças chegaram até hoje de se identificarem com um herói. Não bastasse isso, boa parte da história se passa no país fictício de Wakanda, no continente africano, e consequentemente são enaltecidas algumas paisagens e alguns traços culturais do continente. No entanto, o país do (recém-coroado) Rei T'Challa é extremamente desenvolvido tecnologicamente, o que tira o filme daquele esteriótipo pessimista de que "a África é um continente pobre e sempre será pobre e subdesenvolvido". Achei isso fantástico, pois permite principalmente aos espectadores africanos tomarem uma postura otimista acerca do futuro. Pantera Negra não deixa de lado a questão social, a luta dos negros pela igualdade, pela educação e por melhores condições de vida em praticamente todo o mundo.
     O que também me chamou a atenção foi a presença das personagens femininas no filme. Sim, a Marvel adora colocar "mulheres fortes" nos seus filmes, mas dessa vez achei que as representações realmente mostraram que para ser uma "mulher forte" não é necessário ser uma assassina russa e sedutora à lá Viúva Negra, mas ser do jeito que você é. Nakia, interpretada por Lupita Nyong`o, é uma visionária, humanitária. que visa o bem a todos os desfavorecidos. Shuri, a irmãzinha de T'Challa, é um gênio da informática e da robótica, e salva a vida do irmão e dos amigos inúmeras vezes ao longo da história (foi ela quem fez o traje/armadura de T`Challa). Ramonda, a chefe da segurança particular da família, é a típica guerreira, mas não deixa de ser uma adição interessantíssima para a trama.
    Em uma visão geral, creio que depois dessa bilheteria rentável o filme irá não só render continuações, como inspirar outros estúdios a escreverem mais super-heróis negros e dessarte empoderar ainda mais crianças, adolescentes e jovens.
 

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