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Mostrando postagens de abril, 2019

Tudo por conta da luz

É engraçado como às vezes certas coisas devem acontecer para que possamos refletir e repensar acerca do mundo no qual vivemos. Sem culpabilidades, apresento o meu ponto de vista: como a vida corre tanto no modo “piloto automático” que só paramos quando alguma reviravolta (ou epifania) acontece. Hoje (que já será ontem quando eu postar este texto) houve uma forte tempestade durante a tarde, dessas com muito vento, raios, relâmpagos e trovoadas. Quem é de Brasília já se acostuma a tirar as velas e as caixas de fósforo do armário porque é certo: a energia logo vai acabar. Apesar de serem ainda umas 16h, o céu estava tão escuro que parecia ser início de noite. Enfim, a eletricidade, de fato acabou, e eu continuei no meu computador, assistindo a um vídeo já carregado. Como eu tinha que ler uns textos para as aulas de amanhã (hoje, se você está lendo o post no dia 22), fiquei roteando a internet do meu celular. Uma hora havia se passado e nada da energia voltar. Minha mãe abriu um

Brasília: 59 anos e uma resenha do que escreveram sobre ti

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                                                  anunciaram a utopia                                                   mas foi brasília que apareceu                                                                         - Nicolas Behr Hoje, 21 de abril, é o aniversário da minha querida cidade, minha amada Brasília. Eu não estava aqui no início, mas tenho a oportunidade de conviver com quem está desde antes de haver um aqui . Minha vó (materna) mudou-se para cá com a família, com 13 ou 14 anos de idade. Era a época em que só havia barro, poeira e cerrado, e para chegar no Plano, saindo de Taguatinga (onde ela mora desde que chegou) custava muito tempo. Trabalhou de empregada doméstica por um tempo, para as donas-de-casa da W3 Sul. Foi à inauguração da cidade, em 1960, com o pai e os irmãos - conta que foi lindo! Enquanto os homens erguiam a cidade, as mulheres cuidavam da vida - delas, dos outros; criavam seus filhos, primeira geração de brasilienses - meus pais. E aos poucos

Resenha #22: Aos 7 e aos 40

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Olha, não sou muito fã de literatura brasileira contemporânea. De Jorge Amado para cá, parece que quase tudo com o qual me deparei foi baixaria. Mas, felizmente, para tudo há exceções. O livro de hoje foi escolhido pelo clube do livro da BCE em algum momento do ano passado, mas, como não pretendia comparecer (de fato, não fui) ao encontro, não fiz questão de ir atrás da obra. Uns meses depois, ainda no ano passado, eu estava meio à toa na biblioteca e me deparei com o livrinho na seção de novas adquirições. Peguei o exemplar e comecei a ler. Acho que li umas 40 páginas de uma tacada só, mas não peguei emprestado no momento por causa das pilhas de textos do meu curso. Foi só agora que tive a oportunidade de locar o livro, e a leitura foi super rápida. Com 160 páginas, o livro escrito em 2013 pelo paulistano João Anzanello Carrascoza encanta qualquer um simplesmente com a diagramação. Como se nos contasse duas histórias separadas, porém que se interseccionam, as páginas são organiz