Resenha #5: O Grande Gatsby

       Depois de dois anos postergando a leitura dessa obra tão renomada, finalmente criei vergonha na cara para ler O Grande Gatsby. Como eu já li muitos contos de F. Scott Fitzgerald, entre eles o também aclamado "o Curioso Caso de Benjamin Button", não achei que a hisória se diferencie muito ao tratar-se de técnica de escrita. O autor usa os mesmos recursos de sempre (muito diálogo, enfoque nas festas e nas bebidas, que são as constantes em todas as suas histórias e consequentemente na estética dos anos 1920), mas são esses recursos utilizados por Fitzgerald que fazem seus escritos tão consagrados.
        (Eu nunca vi nenhum dos filmes inspirados na história, justamente para não estragar o final, portanto não vou contrastar a adaptação com o original).
        O narrador da história, Nick Carraway, é mais um narrador-observador do que um narrador-personagem. Digo isso porque ele se encontra à margem do enredo, e é empurrado para o meio da trama como um intermediário entre Gatsby e Daisy, a esposa de um "amigo" de Nick. O misterioso Jay Gatsby é um jovem ricaço (não diga!), vizinho de Carraway, que dá festas de arromba quase todos os dias naquele verão no qual se passa a narração. Nick, sóbrio e observador em meio ao pandemônio dos eventos do vizinho, acaba se tornando amigo do ricaço. Descobre-se que Gatsby é um "velho conhecido" de Daisy, e a partir daí começa a novela (traição, inveja, morte, suicídio, a plateia delira!). Não darei spoilers, embora possa afirmar que a conclusão não me surpreendeu, uma vez que o desenrolar dos fatos já apontavam para aquele final. De modo geral, a história é simples e curta, há poucos personagens e a narrativa flui muito bem, uma vez que há muito diálogo e os capítulos são curtos - esse recurso da escrita foi muito desenvolvido pelos autores até meados de 1930. É um livro perfeito para se ler durante um feriado ou no final de semana.
       
       

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