Escrever não é (sempre) fácil

 Já já apronto mais uma resenha literária. Enquanto isso, deixo aqui uma pequena reflexão que tive ontem mesmo, ao escrever uma cena de batalha para um romance que estou escrevendo.

Escrever
       não
 é
          f á c i l 

Escrever não é fácil! Principalmente quando nos deparamos com cenas verídicas ou contextos que precisam de pelo menos um pouco de verossimilhança (como dramas de época, cenas de batalhas, detalhes sobre a natureza), é preciso muita, mais muita pesquisa. Não é só chegar e escrever e pronto, tudo lindo, tudo certo. Não! Escrever é, antes de tudo, elaborar um plano: o que eu quero escrever? Quais os pontos quero abordar? Depois vem o trabalho maçante: pesquisar, e pesquisar pra caramba! Nas minhas histórias (as quais não divulgo na internet), que são literariamente bobinhas e amadoras, eu passo horas em sites, no google acadêmico (procurando pesquisas relacionadas ao que eu quero escrever sobre) e até roubo uns livros de história do meu pai. 

Na cena de batalha da qual falei, eu pensei que só saber como era o esquema das trincheiras - a história se passa na 1ª Guerra Mundial, e a minha criatividade ia me guiar. Mas eu estava tremendamente enganada. Acabei passando horas imersa no estudo da geografia da Bélgica e descobri que o exército britânico passou a usar roupas cáqui durante a Guerra dos Bôeres, uma vez que o tecido já era usado pelos indianos e demonstrava eficiência com sua "camuflagem" em meio à terra. É engraçado, você acaba descobrindo coisas inimagináveis. É exaustivo e até decepcionante se preparar para escrever e ter que lidar com textos e mais textos, vídeos e imagens, como se você estivesse escrevendo para o meio acadêmico. Mas vale a pena. Escrever não é fácil, mas é gratificante.

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