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Mostrando postagens de julho, 2019

Resenha #26: Curto-circuito

A resenha que lhes trago hoje é sobre um livro tão contemporâneo que nem mesmo completou dois meses de publicação. Um livrinho pequeno, com 81 páginas e um conteúdo que me surpreendeu positivamente. O autor é Paulo Paniago, um dos professores mais conhecidos na Faculdade de Comunicação da UnB e, uma vez que peguei matéria ministrada por ele, fiquei curiosa para ler o livro por causa da divulgação que ele fez.  A proposta é, em poemas de duas linhas, trazer reflexões a respeito de como vivemos, da política, de como tratamos nós mesmos e os outros, além de questionar as "verdades incontestáveis" do senso comum. Se você acha que fazer isso é fácil, meu amigo... Eu li o livro em uns 30 minutos, no máximo, mas tive que parar, às vezes, entre um poema e outro. A segunda linha (ou verso, seja lá qual for o caso) pode te fazer pensar profundamente em um assunto tão aleatório, mas tão aleatório, que sua linha de pensamento entra "em pane".  Os poemas são debochados ...

Para brasilienses que amam livros e café

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AVISO: Por mais que pareça, este post  não  é patrocinado (poderia ser, mas não tenho  status  de influenciadora digital - por enquanto estou só nos perrengues para manter o blog ativo no final de semestre 😅). Trago aqui a certificação de que todos os meus relatos são reais e de que estou apenas compartilhando minha própria experiência.  No final de junho visitei uma cafeteria que eu tinha vontade de conhecer desde o início do ano: a  Blend Café , na 405 Sul. Lugares como este merecem ser divulgados porque, em uma cidade como Brasília, é muito raro achar um local bacana, com bom atendimento, comidinhas gostosas e com preços não abusivos para o padrão do Plano Piloto. Eu deveria ter feito um vídeo estilo  tour  pela cafeteria, mas resolvi fotografar mesmo, o que costuma ser minha especialidade. O pessoal que trabalha lá no café é super gente boa: quando falei que tenho um blog de resenhas literárias e que gostaria de mostrar a Blend para ...

Resenha #25: O Processo

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Escolhi começar esta resenha com a ilustração acima porque é mais ou menos assim que eu visualizo as histórias de Kafka. Elas sempre me vêm à mente como os desenhos de Escher: são confusas, parecem não ter uma estrutura ordenada (nem início, nem meio, nem fim), e perdem-se "em si mesmas". É como uma rua sem saída na qual você adentra e, no final das contas, é obrigado a retornar ao início e seguir em outra direção. Tentarei explicar o inexplicável que é O Processo  de Franz Kafka, escrito por volta de 1914. De início, informo que trata-se de um livro inacabado e que só foi publicado graças a um amigo de Kafka, Max Brod, após a morte do autor em 1924. Por causa disso, algumas partes estão incompletas e o leitor é obrigado a voltar-se às notas de rodapé e aos trechos riscados pelo autor (uma espécie de apêndice no final do livro). Pessoalmente, não achei que isso foi um empecilho; em nenhum momento senti que a leitura ficou menos fluida por causa desses adicionais - pelo...